Tree of Savior Forum

Roleplay em Tree of Savior (PT-BR)

Estivemos jogando por um longo, longo tempo, e de repente nos vemos com a possibilidade de que novos aventureiros ingressem neste fantástico mundo de espada e magia conosco. É por esse motivo que há este capítulo, explicado e detalhado para você, que pode estar se perguntando o que alguém quer dizer quando pergunta: “Vamos fazer roleplay?”

O que há de mais importante é que você esteja se divertindo. Roleplay é algo que você pode passar por bastante tempo fazendo. Se não é uma experiência agradável para você, algo está errado e certamente deve ser discutido. Estes tipos de situações podem ser remediados facilmente por expressar quaisquer preocupações a respeito. Um bom roleplayer é sempre aberto ao debate, para que um cenário perfeito para todos seja construído. Qualquer um estará contente em ouvir as suas dúvidas e soluções.

Roleplay é uma experiência gratificante para muitos, mas, ao mesmo tempo, será proporcional em como você exatamente investiu para criar seu personagem. É encorajador que um novo jogador crie um personagem que goste, procure um tipo de história que mais se encaixe, e simplesmente observe e ouça outros jogadores até pegar o “jeito” da coisa.





Muitos MMORPG foram reduzidos a uma maratona de matanças sem sentido e na construção de um avatar cada vez mais forte e melhor equipado. Em meio a isso, há essa unidade que, por vezes, parece ser o trunfo que realmente faz a experiência de um MMO grande: a interação com outros jogadores. O roleplay captura parte dessa interação para um estilo de jogo em conjunto com muita história e reviravoltas.

Roleplay pode ser definido como a mudança de comportamento de um Jogador para assumir o papel de Personagem. A sigla RPG provém de Role Playing Game, que significa Jogo de Interpretação de Personagens. Foi criado em 1974 com o jogo de tabuleiro Dungeons & Dragons, e desde então muitas variáveis deste jogo surgiram. Inclusive os mmorpgs virtuais, sendo estes mais focados na progressão de poder de um personagem.

É possível reunir o roleplay com qualquer MMORPG, desde que se tenham amigos e colegas interessados em fazer a coisa fluir em um jogo. Roleplay foi e ainda é um dos estilos de jogos praticados por jogadores em World of Warcraft, Ragnarök, Tibia e Final Fantasy XIV. Assim como era praticado no primeiro mmo realmente massivo e conhecido do mundo, o Ultima Online. E por que não em Tree of Savior?

Espero que com este pequeno compilado de normas e pressupostos, seja possível introduzi-lo nesse mundo novo, e que você se sinta realmente convidado a fazer parte dele, se quiser. Em primeiro lugar é importante ressaltar que, esse guia não se destina a ser considerado como uma lista rápida de regras que devem ser obedecidas. Em vez disso, olhe para isso como uma série de orientações que você pode usar para somar uma nova experiência em Tree of Savior.






• Quando se está interpretando um personagem, geralmente se utiliza hífens, para assim identificar que o que foi digitado, é na verdade uma frase do Personagem, e não do Jogador por trás dele.

• Um texto escrito entre asteriscos indica ação, expressão, gesto ou movimento. Muito útil para aumentar o número de coisas que um personagem pode fazer além dos habituais emoticons do jogo.

• Digitar algo entre colchetes pode ser útil para alertar os outros jogadores que o que está sendo mostrado é um texto de Jogador fora do personagem.




Você poderá se deparar ou precisar das expressões “Off” e On”. É um termo utilizado em uma partida de roleplay, que se refere ao Jogador (você) e seu Personagem. Sempre que você está jogando roleplay, interpretando um personagem, você está automaticamente em “On”, ou seja, dentro do personagem.

Quando você precisa dizer algo fora do personagem, como por exemplo, avisar que precisa sair do pc, você pode usar os colchetes. Dessa forma você diz o que precisa dizer sem estragar a brincadeira dos outros que estão interpretando, ou sem causar uma confusão de idéias. Quando isso se ocorre, você está escrevendo algo “Fora do Personagem”, portanto está dizendo algo em “Off”.




Tree of Savior, assim como qualquer jogo, tem uma lore oficial: seu terreno, seus personagens, suas histórias, raças, criaturas… E tudo isso não só é mostrado no visual do jogo, mas principalmente em suas quests. A lore é o material principal de um roleplayer, pois ela é o que diz o que é ou não possível no mundo de jogo. Por exemplo, ela nos diz que existem deusas no mundo e seres mágicos super poderosos, ao mesmo tempo que rechaça a ideia de que há aliens ou androides.

Para se ter uma maior imersividade a respeito do mundo de Tree of Savior, é obrigatório entender o básico de como a trama e mundo desse jogo funciona. Além da lore ser o guia do que pode e do que não pode, ela também nos dá idéias de como prosseguirmos com nossa história. Graças a lore sabemos que nossos personagens são sobreviventes de um apocalipse e que poucos reinos restaram aos pedaços: como meu personagem seria em um mundo assim? Otimista? Pessimista?

Existem quatro classes iniciais: Espadachim, Bruxo(a), Arqueiro(a) e Clérigo(a). Por que meu personagem decidiu optar por uma dessas quatro? O que o atraiu para ser dessa classe? E as evoluções a seguir?

Você pode também considerar a lore de Tree of Savior como um “bloco de queijo suíço”. Há buracos onde você pode tomar certas “licenças artísticas” e adicionar alguns ingredientes para tornar o seu personagem e sua história de fundo um pouco mais tangível e interessante para você: você pode ser amigo de um npc do jogo, trabalhar pra alguém ou mesmo ser parte da família. Você pode ter nascido em uma das cidades ruínas do jogo. Pode ter sido padre daquela igreja destruída. Enfim.

O conceito da “suspensão da descrença” nos empodera em colocar algo novo e diferente, sem que necessariamente vá de contra a lore. Um xerife pistoleiro de uma destruída e perdida cidade do velho oeste (usando a classe Swarzer Reiter e citando uma cidade fictícia que ainda não existe no jogo), um homúnculo perdido em um laboratório (citando qualquer laboratório perdido pelo jogo), uma heroína com um espírito guardião em forma de coruja (usando um chapéu de coruja branca)…

Até mesmo coisas menos possíveis podem ser aceitáveis com criatividade, jogo de cintura e conhecimento de lore. Exemplo: É possível eu “criar” uma classe bardo para meu personagem e sair por aí cantando versos e prosas com um bandolim? A resposta seria: sim se instrumentos musicais como o bandolim existir, se não, poderá haver outros instrumentos, como a flauta (há uma classe especializada nisso) ou tambores.

A suspensão da descrença também pode ser usada para livrar alguma partida sua e de seus amigos de ser lançada no limbo por alguma atualização do jogo. Por exemplo, dizer que o meu personagem é amigo daquele npc taverneiro desde que eram crianças, e de repente em uma expansão descobrir que o taverneiro é um demônio disfarçado, lançaria minha ideia inicial na vala, a não ser que… eu diga que meu personagem foi enganado por esse demônio todo o tempo e que o personagem agora está buscando vingança.

Dessa forma, além da lore oficial não desmentir minha ideia inicial, eu ainda consigo transformá-la em combustível para seguir em frente com a história.


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Um ponto importante na criação de um personagem é seu nome, ou nickname, como preferir. Essa é a parte mais complicada do RP. Nomes que muitos acham engraçados, como “correnegad4”, “20temata”, ou “perlabunitinha” podem ser completamente inválidos em uma partida de roleplay. É sempre bom criar um personagem especificamente para fazer roleplay, neste caso.

Tenha em mente que ele não precisa de um título mas sim de um nome que deve ser real, como se tivesse nomeando seu próprio filho, ou pelo menos baseado-se em um universo de fantasia.

Criar nomes próprios apenas parece difícil de início, mas com algumas técnicas se torna muito fácil de se criar. Você pode simplesmente pegar o nome de algum personagem de uma série ou jogo e fazer pequenas modificações em algumas sílabas. Pode utilizar nomes ingleses da era barroca. Juntar sílabas embaralhadas de nomes reais com sílabas embaralhadas de coisas. Etc.

Sobrenomes são mais fáceis, e muitas vezes basta um bom nome de família (Family’s Name) como Pendragon, Schneider, Polo, Belmont, etc, para lhe dar uma baita ideia de como colocar o primeiro nome do seu personagem. Caso você tenha tanta dificuldade para criar um nome de família quanto o tem para criar um primeiro nome para personagem, tudo o que precisa fazer é pegar uma palavra ou uma junção de palavras que ache interessante e transformar em inglês ou alguma outra língua (google tradutor está aí para isso): Bloodroad (estrada de sangue em inglês), Pustolovan (aventureiro em croata) ou até mesmo Arcanjo (no português mesmo).



A maioria dos personagens realistas muitas vezes suspeitam de alguém excessivamente confortável em ambientes novos e desconhecidos, ou disposto a divulgar a sua história de vida inteira para um completo estranho ao longo de uma caneca de cerveja em uma noite fria. Enquanto alguns personagens podem ficar muito confortáveis entre estranhos, outros nem tanto.

O que eu quero dizer com isso é que, um jogador cujo personagem age como se desejasse apenas ser bem visto, ou que quisesse apenas ser o centro das atenções de um grupo de roleplay, pode ter nenhum controle sobre como ele vai ser realmente percebido pelos outros. Alguns querem apenas ser os mais complexos personagens, os mais misteriosos, os mais poderosos e fortes, os mais inovadores… Mas no final, é melhor fazer um personagem que você, você mesmo, vai achar interessante e divertido.

Outra coisa importante é, que como um jogador novo, não haverá necessidade de elaborar uma história longa e detalhada como os outros fazem já a algum tempo, afinal de contas isso seria uma disputa injusta. Você não precisa saber tudo sobre o seu personagem. Na verdade, um monte de coisas surge com o tempo, e se desenvolve com ele. Você só precisa de um básico de coisas, seu nome, sua raça, sexo, a aparência, sua classe, sua idade, sua personalidade e seu sonho/objetivo.

Com essa “base”, você pode ir desenvolvendo aos poucos conforme avança em seções e encontros de jogo, adquirindo experiência com o personagem, mundo de jogo e personagens de outros jogadores.

Talvez com o tempo você possa detalhar um pouco mais sua aparência, aumentar a complexidade de suas emoções, dar-lhe manias, uma forma única de se expressar, um objetivo mais concreto e bem bolado, uma história de origem mais detalhada, etc.

Uma qualidade importante que os personagens têm, e que os torna reais como qualquer ser humano, é que também são sujeitos a falhas. Isso é outra parte do que torna um personagem e sua experiência com o roleplay muito mais interessante. Ninguém é perfeito. Se todos o fossem, seria um mundo muito chato.

Há muitas maneiras de introduzir falhas ao seu personagem, equilibrando às suas qualidades. Talvez ele seja um belo rapaz que as garotas adoram, mas ele seja arrogante demais. Talvez seja forte e durão, mas não tão inteligente e eloquente. Poderia ser beberrão, benevolente demais, sarcástico demais, viciado em jogos, intimidado com o sexo oposto, enfim. O personagem deve ter alguma qualidade positiva, bem como algumas falhas de caráter. Há uma infinidade de combinações maravilhosas, e então você mesmo pode começar a pensar sobre as razões para tais características.

Idealmente, você vai querer tentar encontrar um equilíbrio durante a criação de um personagem. Começando pequeno de alguma forma, para que possa crescer à medida que o tempo e as partidas passam. Se um personagem já começa a partida tendo todos os seus objetivos conquistados, não terá mais graça alguma jogar roleplay com ele. Pense sempre em um bom objetivo, onde até o momento o personagem não sabe como alcançar, mas que deseja realmente: reencontrar-se com sua irmã, ser um sumo sacerdote, enriquecer, derrotar um grande mal, vingar sua família, reabrir sua taverna…



Você já parou para pensar em como o seu personagem em Tree of Savior se parece? Você é daqueles que apenas o vê como um boneco baixinho e cabeçudo correndo por aí, ou um personagem com aparência e tamanho real que foi apenas reduzido no jogo (como se ocorre em muitos jogos do estilo, como os antigos Final Fantasies)? Como são seus cabelos, seus olhos, altura, peso, cor da pele, etc? Tome liberdade ao pensar a respeito, utilizando aquela costume que seu personagem usa, aproximando com leveza ao avatar propriamente mostrado na tela.

Coloque notas sobre o personagem. Ele tem um lema antes de entrar em combate? Como ele reage quando exposto a uma situação muito estressante? Ele vem de família pobre ou rica? Talvez nobre… ou um pária. Qualquer tipo de nota desse gênero (chamamos de miscelânea) entra aqui.

Salve no seu Pc e pronto! Agora você tem uma ficha pronta pra jogar um MMORPG aproveitando a parte RPG do nome.


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UP
/20characters…

Parabéns pelo post, claramente foi feito com bastante carinho.

Formatação do Tópico atualizada para a nova aparência do fórum. :slight_smile:

E então, o evento aconteceu mesmo ?

Sim! Eu estava lá. :smiley: